Logun Edé - energia de orixá

filho de Oxóssi e Oxum - a energia do orixá

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Description

Logun Edé é um Orixá que emerge da mitologia iorubá, uma tradição religiosa originária da África Ocidental, especificamente da região que hoje compreende países como Nigéria, Benim, e partes do Togo. No entanto, é importante notar que a compreensão e a adoração de Logun Edé, como muitos outros aspectos da religião iorubá, foram significativamente influenciadas e adaptadas pelas práticas religiosas nas Américas, especialmente no Brasil, o que torna um pouco desafiador separar completamente as tradições.


Dentro do contexto puramente iorubá, Logun Edé é menos central do que em práticas afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda. Sua narrativa e características únicas como conhecemos podem ter sido mais desenvolvidas e expandidas na dispersão africana. Ainda assim, algumas informações são consistentes e podem ser consideradas originárias da tradição iorubá:


Logun Edé é frequentemente descrito como filho de Oxóssi, o Orixá da caça e da floresta, e Oxum, a divindade dos rios, do amor, da beleza e da riqueza. Essa herança lhe confere atributos de ambos os pais, incluindo habilidade na caça, afinidade com água doce, e uma conexão com a riqueza e a beleza.


Uma das características mais distintas de Logun Edé é sua dualidade. Ele passa metade do ano vivendo nos rios e lagos sob os cuidados de Oxum, e a outra metade nas florestas e montanhas sob a orientação de Oxóssi. Isso reflete sua natureza híbrida e sua capacidade de mediar entre diferentes naturezas.


Logun Edé é frequentemente associado à juventude, à beleza e à graça. Ele é retratado como um jovem belo e elegante, simbolizando a vitalidade e o encanto.


Seus símbolos incluem elementos que representam tanto a caça quanto a vida aquática, destacando sua habilidade de navegar entre os mundos de seus pais. O peixe é um de seus símbolos mais importantes, representando sua conexão com a água e a abundância.


Enquanto a questão de gênero de Logun Edé é mais explorada e enfatizada nas práticas religiosas brasileiras, com ele sendo venerado por sua androginia e capacidade de fluir entre masculino e feminino, na tradição iorubá, esses aspectos podem não ser tão proeminentes ou interpretados de maneira diferente.


É crucial reconhecer que, enquanto migração africana adaptou e reinterpreta muitas tradições iorubás para criar sistemas de crenças únicos que atendem às realidades espirituais de seus novos contextos, a essência de figuras como Logun Edé continua a ser um testemunho da beleza da religião da África Ocidental.


A religião iorubá é politeísta, com um panteão de divindades conhecidas como Òrìṣà, cada uma representando forças da natureza, aspectos da humanidade e facetas da experiência espiritual. Os Òrìṣà são venerados através de rituais, oferendas, cânticos e danças que visam estabelecer uma conexão entre o mundo espiritual e o físico.


A religião iorubá coloca grande ênfase na harmonia com a natureza. Cada Òrìṣà está associado a elementos ou aspectos naturais específicos, refletindo a crença na interconexão entre os seres humanos e o mundo natural. Logun Edé, como filho de divindades associadas à caça e aos rios, exemplifica essa relação profunda com a floresta e a água.


As práticas devocionais iorubás incluem oferendas (ẹbọ), divinação (Ifá), iniciação e culto aos ancestrais (Ẹ̀gún). Esses rituais são conduzidos por sacerdotes e sacerdotisas (Babalawos e Iyalawos, respectivamente) que possuem conhecimento especializado e comunicação direta com o mundo espiritual.


A religião iorubá não é estática; ela evoluiu ao longo do tempo, influenciada por mudanças sociais, econômicas e políticas. A escravidão e o subsequente movimento da diáspora africana espalharam as crenças iorubás para outras partes do mundo, onde se mesclaram com outras tradições religiosas e culturais, dando origem a novas formas de expressão espiritual.


Especialmente relevante no contexto da diáspora, muitos Òrìṣà foram sincretizados com santos católicos nas Américas, uma prática que permitiu aos escravizados africanos e seus descendentes preservar e adaptar suas tradições espirituais sob o olhar do colonialismo europeu. Embora esse sincretismo seja menos prevalente na África, ele destaca a adaptabilidade e a resiliência da fé iorubá.


A veneração e os pedidos feitos a Logun Edé dentro da religião iorubá, assim como nas práticas religiosas afro-brasileiras, são influenciados por suas características e atributos únicos, derivados de sua herança e domínios.


Logun Edé, sendo filho de Oxóssi e Oxum, herda atributos de ambos, como a habilidade na caça e a prosperidade. Devotos poderiam buscar a proteção de Logun Edé para garantir sucesso na caça ou na pesca, bem como para assegurar abundância e prosperidade em suas vidas. A proteção oferecida por Logun Edé também poderia ser invocada em situações que exigem habilidade, astúcia e a capacidade de navegar por desafios com graça e facilidade.


A natureza dual de Logun Edé, fluindo entre os elementos da água e da floresta, simboliza a harmonia e o equilíbrio entre diferentes esferas da vida. Devotos podem invocá-lo em busca de equilíbrio emocional, harmonia familiar e reconciliação de conflitos, refletindo seu papel como mediador entre os mundos aquático e terrestre.

What You Will Learn!

  • Quem é Logun Edé
  • o aluno aprenderá energia de orixá
  • o aluno será um mestre facilitador desta energia
  • Fazer tratamento com imposições de mãos
  • o aluno aprenderá benefícios e propriedades do reiki

Who Should Attend!

  • a todas pessoas
  • pessoas que cultuam religiões afros